Todos os recantos do hotel Maksoud Plaza são uma provocação arquitetônica

O Maksoud Plaza é um daqueles hotéis que habita o imaginário de todo mundo que viveu os anos 80. Pelos seus corredores (e pelos seu bares), passaram príncipes, primeiros-ministros e estrelas internacionais do cinema e da música. O hotel esteve sempre nas colunas sociais e revistas de moda e foi cenário de filmes, novelas e minisséries. Em resumo: foi sinônimo da sofisticação paulistana até entrar em uma silenciosa decadência com a virada do século.

Frank Sinatra, Henry Maksoud e Roberto Carlos, em 1981. O americano cantou para 700 pessoas no teatro do hotel

Eu só conseguia pensar na última parte – decadência – quando fiz uma reserva no Maksoud neste ano. Sabia que a administração do hotel havia sido absorvida pela Rede Accor e que havia ocorrido uma série de renovações, mas confesso que temia o que encontraria. Morro de medo de cheiro de mofo e de colchões-colher mas, diante de um preço mais do que conveniente para a região, decidi experimentar.

Não me arrependi. Pelo contrário, recebi muito mais do que esperava: o Maksoud não só se modernizou para oferecer boas instalações como continua brilhando no quesito arquitetura. Sua fachada, o átrio interno e as obras de arte que estão por toda parte convidam o tempo inteiro para a contemplação. Fiz mil fotos!

A escultura em alumínio de Yutaka Toyota domina o átrio e é a marca registrada do hotel

As jibóias (isso pode ser mais anos 70/80?) pendem dos andares em padrões geométricos
Foi lá embaixo que Axl Rose jogou uma cadeira em 1992 (já contei isso?)

Além da questão estética, a localização é excelente: fica a apenas uma quadra da Avenida Paulista, próximo a estações do metrô, do MASP e do shopping Cidade de São Paulo. É também uma excelente opção para famílias com crianças, já quem tem quartos espaçosos, piscina aquecida e comidinha ideal para os pequenos.

Mas não pense que a Accor fez um projeto com a intenção de recuperar a marca para o mercado de luxo. Os serviços e o mobiliário novo são de um hotel direcionado para executivos e famílias, e as tarifas correspondem a essa expectativa, girando entre R$ 400 e R$ 500 durante a semana e entre R$ 300 e R$ 400 aos finais de semana.

Os quartos, no entanto, mantêm alguns detalhes que relembram os tempos de sofisticação, como esses lindos cabideiros de madeira que acomodam camisa e calça:

Será que o Frank Sinatra usou um desses?

Os 416 quartos são amplos e confortáveis. Os básicos têm camas king ou duas camas queen (que acomodam com facilidade um casal e duas crianças).

Suíte executiva com duas camas queen
Suíte executiva com duas camas queen
Suíte executiva com duas camas queen
Suíte executiva com duas camas queen

Além disso, têm mesa de trabalho básica mas funcional e gavetas na cômoda (odeio quarto de hotel sem gavetas para guardar miudezas). O que faltam são tomadas.

Detalhe da suíte executiva do hotel Maksoud PlazaDetalhe da suíte executiva do hotel Maksoud Plaza

O armário tem tamanho razoável, com bastantes cabides e cofre em que cabe um notebook:

armário do hotel maksoud plazaArmário do hotel Maksoud Plaza
Armário do hotel Maksoud Plaza
Armário do hotel Maksoud Plaza

O hotel oferece uma garrafa de água gratuita:

E o frigobar oferece mais opções:

Os itens, como os dos demais hotéis no mundo inteiro: caríssimos.

O ar-condicionado tem controle individual, o que é excelente:

Detalhe da suíte executiva do hotel Maksoud Plaza

O banheiro é igualmente amplo:

O café da manhã tem muita variedade e qualidade e é servido no restaurante localizado no pitoresco lobby. Falta, no entanto, um pouco de estética na disposição dos alimentos. Aliás, a estética existe, mas é de décadas passadas:

Café da manhã do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo
Café da manhã do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo
Café da manhã do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo
Café da manhã do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo
Café da manhã do hotel Maksoud Plaza, em São Paulo

A afinidade com as artes plásticas não se extinguiu com a morte de Henry Maksoud, fundador do hotel. As obras seguem se renovando no ambiente, e a última iniciativa foi a inauguração da suíte 2117. Na prática, é uma instalação “habitável” do artista Felipe Morozini que continua podendo ser usada como suíte, com uma tarifa a partir de R$ 800. A suíte fica no 21o andar e tem nove ambientes – incluindo três banheiros.

Mote da suíte 2117: “Você é um pouco de mim” (foto: divulgação)

E, no melhor modelo Henry Maksoud, alguns pontos de sofisticação seguem brilhando. O bar Frank, que fica no térreo, foi eleito o melhor de São Paulo pelo jornal Folha de S. Paulo. Não experimentei, mas já botei na agenda para a próxima.

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O blog Vou Viajar pagou todas as suas despesas e não recebeu nenhum tipo de incentivo para a sua estadia no hotel Maksoud Plaza. Como sempre, essas são as nossas opiniões autênticas sobre o estabelecimento.
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Luciane Aquino

Militante da economia digital, jornalista, viajadora, curiosa, leitora, tricoteira.

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